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Andrea Bisker

Future thinker especializada em Ciências do Consumo. Head da Stylus Brasil e Founder e CEO da spark:off.

Com um sorriso contagiante e olhar curioso, ela enxerga além do óbvio, identifica tendências e liga os pontos como ninguém – por isso mesmo seus insights são tão valiosos. Há mais de 20 anos ela lançou luz ao estudo do comportamento de consumo e inteligência de mercado, na época algo ainda novo e pouco explorado. Ou seja, foi pioneira do futurismo muito antes do termo “disruptivo” entrar para o vocabulário de gente que anda na vanguarda.

Andrea Bisker é uma future thinker. Vamos à linha do tempo: em 2004, ela criou a Mindset, com foco em pesquisa de tendências e comportamento de consumo. Vendeu a empresa em 2013 para a WGSN – um dos maiores portais de tendências do mundo – e liderou esta operação na América Latina por dois anos. Em 2017, foi convidada pelo mesmo grupo a iniciar a operação da Stylus Brasil. Founder e CEO da spark:off, sua consultoria de inovação e análise de tendências, ela dá aula no MBA da ESPM, faz palestras concorridas e tem um TEDx que você pode ver logo depois de ler nossa conversa com ela.

Parece antagônico perguntar isso a uma future thinker, mas olhando pelo retrovisor quais movimentos foram mais marcantes para você em termos de tendência e comportamento?

A primeira vez que li sobre sustentabilidade no WGSN, há 20 anos, foi marcante. Outra foi a previsão de que as telas estariam em todo lugar. Também cerca de 19 anos atrás, quando começaram os indícios da economia prateada, eu fui a uma reunião e falei como este público estava crescendo e  que não era “all about the millennials”. Uma das pessoas na reunião conectou o que eu estava falando com um cliente dela, fabricante de fraldas geriátricas. E não era sobre isso, né? Foi emblemático.

Quais as características principais num trendsetter?

Os skills principais são curiosidade, pensamento crítico e uma capacidade de conectar pontos, ou seja, de olhar uma informação aqui, outra ali, outra mais além e encontrar a relação entre elas. E ser um bom storyteller para saber passar todas essas correlações. Não pode ter preconceito, pois é preciso estar aberto, ser do mundo. E é importante o processo de lifelong learning, para se manter atualizado.

Se você fosse chamada para fazer uma única palestra hoje, para um público heterogêneo, sobre o que falaria?

Eu falaria sobre o capitalismo com propósito, a importância das marcas se posicionarem para além da sustentabilidade. Tem uma frase que gosto muito que diz: “O silêncio em relação a questões sociais é o beijo de morte das marcas.” E a Natalie Klein falou uma vez: “A nossa responsabilidade é proporcional ao nosso privilégio.”

Isso tem a ver com fazer o futuro hoje. Eu fiz um TED que fala sobre a importância de ampliar a visão. Tem um conceito, do pensamento catedral – baseado nas construções das catedrais medievais –, que é sobre você pensar no legado que quer deixar entendendo que não é você que vai usufruir do que está construindo hoje. Outro exemplo são os indígenas, que ao tomarem uma decisão pensam na sétima geração, ou seja, no mundo em 200 anos. É pensando assim que vamos conseguir um mundo melhor.

Aqui no IT brands relançamos nosso e-commerce e estamos investindo no online, além dos eventos presenciais. Como você vê a experiência figital hoje e no futuro próximo?

O figital é fundamental e cada vez mais forte. Dentro do figital, é essencial construir comunidade para se diferenciar. E o IT brands tem uma comunidade. Agora é uma questão de tecnologia, de conseguir conectar tudo, de oferecer cada vez mais personalização na experiência.

Dos tribunais aos bares, o mundo está discutindo a inteligência artificial. Qual a sua opinião?

Ela está aí e é um caminho sem volta. Vai ser mesmo nossa assistente. Assim como a Internet, eliminou alguns empregos, mas criou vários outros. A grande discussão, que é muito importante, é a parte de proteção de dados, de privacidade, de fake news… É uma grande ferramenta, e temos que prestar atenção em alguns aspectos, como uma desigualdade social ainda maior por exigir conhecimentos básicos.

 

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