DRÊ MAGALHÃES
O que começou com um passatempo de mãe e filha – Andreza Magalhães costumava fazer tricô e crochê com a mãe e sempre teve facilidade para trabalhos manuais – virou sua principal atividade a partir de 2014. Entre lá e cá, ela teve uma trajetória bem sucedida no mundo da publicidade, depois como headhunter e então consultora de estilo. Agora seu Studio Drê Magalhães completa 10 anos. Nós somos fãs desde o início e acompanhamos de perto essa história marcada por criatividade, espírito empreendedor e coragem.
“Cada nó uma história, cada peça uma memória.”
Vamos lembrar lá do início, dez anos atrás?
Comecei a criar peças sob encomenda quando ainda trabalhava como consultora de estilo. Eram acessórios e objetos com design autoral e exclusivo. Uma corda super leve com miolo 100% biodegradável era o material mais expressivo de minhas coleções, ao lado de algodão, malha, borracha, resina e metais. A linha Casa nasceu graças à Feira Rosenbaum, pois entendi qual era a demanda dos arquitetos e comecei a desenvolver os produtos. E minhas participações no ITbrands foram muito importantes, pois um novo público conheceu a marca, gente que valorizava muito o artesanal e autoral.
O que você aprendeu nestes dez anos?
Se você realmente ama o que faz, persista. As dificuldade são grandes, mas é assim, não tem jeito. E que é preciso estar sempre alerta pois o mercado vai te dando dicas. E algo que sempre digo: tudo o que você faz e constrói, nada se descarta. Eu trabalho desde os 14 anos e tudo o que fiz tem valor, você vai reunindo um repertório.
No fim de 2022 você mudou de Pinheiros para a Oscar Freire. Como foi tomar essa decisão e como tem sido a vida no novo bairro?
Eu fiquei nove anos em Pinheiros, tinha muitas clientes no bairro. Mas sempre acreditei no potencial da região dos Jardins. Tem sido uma conquista diária…aos poucos vamos entendendo melhor o perfil do cliente. No térreo tenho uma vitrine e a loja fica no primeiro andar do prédio comercial. Ali temos espaço também para fazer o Studio Talks e o Studio Experience, que são os bate-papos e as experiências com pessoas ou marcas parcerias. Eu adoro esses encontros, ter proximidade com as pessoas.
Você está com uma linha extensa de produtos…
Sim, tem a linha casa, as bolsas, colares, pulseiras, brincos. Quanto às roupas, agora eu faço apenas uma coleção de inverno, que traz tricôs e pashiminas – sempre uma terceira peça para coordenar com os acessórios. Já tem muita oferta de roupa aqui nos Jardins, então o público se encanta mesmo é com os acessórios. A linha casa – que tem luminárias, bowls e esculturas – é importante, super autoral e os arquitetos buscam bastante, mas as peças de moda têm mais força aqui, pois é o consumo mais imediato, é uma opção de presente.
Nós adoramos que você incluiu QR codes nas etiquetas dos colares!
Eu valorizo muito a versatilidade das peças, um colar que pode virar um cinto, uma pulseira que pode virar um colar. Isso vem do tempo de consultoria eu acho, mostrar para a pessoa o potencial da peça se multiplicar. Então faço vídeos mostrando como usar os colares de diversas formas e as pessoas podem acessá-los pelo QR code. Assim também fica mais fácil para quem ganha de presente saber como pode usar as peças, já que ela não esteve na loja em contato direto conosco.
E como vai ser a comemoração dos dez anos?
Vai ser um desses encontros que adoro fazer. Os convidados terão uma palestra com João Braga – ele tem uma cadeira na Academia Brasileira de Moda na USP e é autor de alguns livros –, que vem falar da história dos acessórios na moda.
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